sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

ANGUSTIA DO TREINADOR, ANTES DO PENALTY

É perceptível para qualquer pessoa atenta ao futsal no Distrito, uma certa evolução das equipas e dos jogadores que disputam o respectivo campeonato. A meu ver fruto de uma maior exigência e competência dos treinadores, o que não é alheio uma melhor preparação teórica dos mesmos.

Embora siga o pensamento que a combinação entre a teoria e a prática, seja o ideal para um treinador, os cursos ministrados pelas associações permitiu aos interessados melhores conhecimentos nas diversas componentes da ciência do treino.

Mas a par daquela realidade, um problema se coloca aos treinadores, quando inseridos numa estrutura meramente amadora. É que os fundamentos teóricos que aprenderam esbarra muitas vezes com uma realidade que os supera. O que vale elaborar planos de preparação a longo prazo, os chamados, microciclos, mesociclos e macrociclos, sabendo que os jogadores vivem num absoluto amadorismo, para não falar na falta de condições que os clubes oferecem às equipas. Neste âmbito aos jogadores não se pode exigir mais do que os condicionalismos e disponibilidades de cada um. O tempo para as sessões de treino são geralmente de três sessões semanais, o que dificulta aos treinadores cumprirem integralmente a sua planificação. Tudo se desenrola dentro de uma cultura da imprevisibilidade que não ajuda nada a uma melhoria dos níveis que o treinador se propôs. Ele próprio, às vezes, é o protótipo do bom samaritano que por sua conta e risco ajuda a resolver alguns problemas dos seus jogadores e equipas que dirigem, num autêntico amor à modalidade e àquilo que gostam de fazer.

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